“Não vamos mais dizer que o Ebola não é curável”
“Agora que 90% de seus pacientes podem entrar no centro de tratamento e ficar completamente curados, eles começarão a acreditar e a criar confiança na população e na comunidade.” – Jean-Jacque Muyembe-Tamfum
Em 12 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou um desenvolvimento positivo nos ensaios clínicos de medicamentos testados para o tratamento do Ebola na República Democrática do Congo (RD do Congo).
A OMS afirmou que os medicamentos contra o Ebola mostraram “avanços que proporcionarão aos pacientes uma melhor chance de sobrevivência” e afirmou ainda que “dois dos quatro medicamentos que estão sendo testados são mais eficazes no tratamento do Ebola”.
Quem é o homem por trás da cura do Ebola? Estimado professor Jean-Jacques Muyembe-Tamfum, diretor-geral do Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica (INRB) da República Democrática do Congo, que investiu uma parte substancial de sua vida adulta no tratamento do vírus.
Embora a mídia internacional sempre tenha se concentrado bastante na natureza mortal e contagiosa do Ebola na RD do Congo, menos foi dito sobre o cientista congolês que descobriu sua cura.

Muyembe-Tamfum declarou : “Não dizeremos mais que EVD [doença pelo vírus Ebola] não é curável”.
Com base no incansável trabalho de Muyembe-Tamfum, os cientistas testaram quatro medicamentos para o tratamento do Ebola: ZMapp, remdesivir, mAb114 e REGN-EB3 . Os resultados dos ensaios clínicos realizados em 499 participantes do estudo mostraram que os pacientes tratados com “REGN-EB3 ou mAb114 tiveram uma chance maior de sobrevivência” quando comparados aos pacientes tratados com os outros dois medicamentos.
Os ensaios foram conduzidos sob os auspícios do Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica (INRB), do Ministério da Saúde da República Democrática do Congo e de três organizações médicas humanitárias: a Aliança para Ação Médica Internacional (ALIMA), a International Medical Corps (IMC) e a Médecins Sans Frontières (MSF).
A mídia dos EUA pode ter coberto o Ebola de forma tão intensa devido à presença da doença nos EUA. Além disso, com um exército mais interconectado de redes digitais, a epidemia de Ebola tornou-se mais amplificada na Europa e nos EUA.
No entanto, o que resta ver é se a descoberta de uma cura por um africano da República Democrática do Congo para esta epidemia “africana” também receberá tanta cobertura quanto em 2017.
Escrito por Nwachukwu Egbunike
Escrito por Rosebell Kagumire